A inflação anual medida pelo IPCA deve fechar 2016 em 7,3%, recuar para 4,4% em 2017 e chegar a 3,8% no fim de 2018. Essa é a trajetória da inflação no cenário de referência do BC, que considera a taxa básica de juros em 14,25% ao ano e câmbio de R$ 3,30 ao longo do período analisado. Os dados estão contemplados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. Para 2017, a projeção de inflação de 4,4% está abaixo dos 4,7% apontados no relatório de junho. A queda é gradual, com inflação marcando 6,2% no primeiro trimestre do ano que vem, 5,2% no segundo e 4,5% no terceiro. Em junho, as projeções eram de 5,9%, 5,2% e 5%, respectivamente. O BC apresentou pela primeira vez projeção para o quarto trimestre de 2018, com inflação em 3,8%. Para o primeiro trimestre de 2018, a previsão saiu de 4,4% para 4,2%. Para o segundo trimestre, o prognóstico mudou de 4,2% para 4% e, para o terceiro trimestre, a estimativa é de 4%. A probabilidade de o IPCA estourar o teto da meta de 6,5% em 2016 é de 91% e essa chance em 2017 está em 12%. Para 2018, a probabilidade de a inflação ultrapassar a meta está “em torno” de 6%. Pelo regime de metas para a inflação, o BC tem de perseguir uma inflação de 4,5%, mas conta um uma banda de tolerância. Em 2016, ela é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Em 2017, a banda é menor, de 1,5 ponto percentual. (Valor Econômico – 27.09.2016)