Notícias do setor
04/11/2016
Minoritários da Eletrobras votam contra venda da Celg D

O representante dos minoritários no conselho de administração da Eletrobras, Marcelo Gasparino, votou contra a venda do controle da Celg D em leilão de privatização, conforme ata da assembleia que aprovou a alienação, realizada em 24 de outubro e arquivada na CVM. Em seu voto, Gasparino afirma que a Eletrobras sabia da inviabilidade financeira das distribuidoras que assumiu, tendo contratado consultorias como Roland Berger, Santander, Acenture e Ernst Young para assessorá-la na alienação de participações acionárias. Em dezembro de 2013, o então diretor-presidente teria assegurado que a companhia iria promover a venda das participações nas concessionárias de distribuição de energia controladas pela Eletrobras. O conselheiro questiona então por que a administração da estatal não propôs as alienações em 2014 e 2015. O conselheiro também pergunta se, no âmbito das investigações sofridas e promovidas pela companhia, foram identificadas irregularidades nas sete distribuidoras controladas pela Eletrobras. Segundo ele, como as informações solicitadas não poderiam ser prestadas na assembleia e pelo fato de que a administração não esclareceu exaustivamente por que propôs a redução em um terço do valor pretendido para o leilão de privatização, optou por apresentar voto contrário à matéria. O valor mínimo para venda da Celg D havia sido fixado em cerca de R$ 2,8 bi para leilão realizado em agosto, que fracassou devido à ausência de interessados. Um novo certame foi marcado para 30 de novembro, com novo preço mínimo de R$ 1,7 bi. Dividendos Já a Geração Futuro L. Par Fundo de Investimento em Ações, do empresário Lirio Parisotto, aprovou a venda do controle da Celg D, condicionado a que os recursos decorrentes do negócio fossem utilizados para pagamento dos dividendos mínimos dos acionistas preferenciais. Segundo o fundo, caso a Eletrobras não regularize a “inadimplência” com seus acionistas preferencialistas, seus administradores poderão ser responsabilizados e seu acionista controlador compelido a assumir os prejuízos financeiros que a companhia vem sofrendo, decorrentes das fraudes praticadas pelos administradores escolhidos pelo controlador, conforme apontado em investigações no Brasil e no exterior. (Valor Econômico – 31.10.2016)

 

Localização
Av. Ipiranga, nº 7931 – 2º andar, Prédio da AFCEEE (entrada para o estacionamento pela rua lateral) - Porto Alegre / RS
(51) 3012-4169 aeceee@aeceee.org.br