O setor elétrico brasileiro, um dos mais dinâmicos do mundo, é o assunto de um novo estudo setorial lançado hoje pelo jornal Valor Econômico. A análise, com 257 páginas e perfis detalhados de 16 empresas, traz um detalhamento sobre as perspectivas do setor, impactos da atual conjuntura, inclusive os impactos da crise econômica, e as principais estratégias das empresas para superar as turbulências e avançar no mercado. O estudo mostra que o grande desafio atual é superar a crise e consolidar e melhorar o ambiente de negócios, estabelecendo uma agenda positiva para reduzir as incertezas de regulação. O Valor Análise Setorial "Energia Elétrica" traz, com a ajuda de 122 gráficos e tabelas, um detalhamento dos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia, além de falar sobre o segmento de comercialização e os impactos das novas tecnologias de geração e o avanço das redes inteligentes. Entre as questões na ordem do dia, estão a sobrecontratação das distribuidoras e a chamada "judicialização" do setor, por conta, principalmente, das liminares relacionadas ao risco hidrológico. Também é discutida a evolução do marco regulatório do setor, com destaque para as medidas implementadas nos últimos anos para equacionar os desequilíbrios operacionais e financeiros do setor elétrico. Em relação à expansão do setor, o estudo discorre sobre as projeções para os próximos dez anos, a partir do PDE 2015-2024, elaborado pelo MME e pela EPE. Um dos destaques é o aumento da participação de fontes renováveis como biomassa, eólica, solar e PCHs, ao mesmo tempo em que a participação de grandes hidrelétricas na matriz energética deve ter uma redução. Para a expansão da geração, estão previstos investimentos totais de R$ 268 bi entre 2015 e 2024. No segmento de transmissão, os investimentos no período devem somar R$ 107,8 bi. Em distribuição, um dos assuntos é o aumento de 41,7% na receita em 2015, em grande parte devido ao incremento da tarifa média. O estudo fala também sobre os investimentos elevados em distribuição e destaca ainda o processo de privatização das distribuidoras da Eletrobras. O grande espaço para consolidação no setor elétrico, com operações de fusões e aquisições, também é discutido, assim como o avanço das empresas chinesas no mercado brasileiro. (Valor Econômico – 01.11.2016)