Notícias do setor
13/03/2017
Irrealismo no setor de energia elétrica

Segundo especialistas, a dificuldade das hidrelétricas em recuperar os reservatórios e gerar suas garantias físicas decorre de mudanças no clima e no sistema elétrico ao longo das décadas. Enquanto o consumo de eletricidade cresceu cerca de 4% ao ano entre 2004 e 2014, as novas hidrelétricas construídas no Brasil não contam com reservatórios, devido a restrições ambientais, o que reduziu a capacidade do sistema de aguentar períodos de chuvas ruins. O diretor do instituto Ilumina, Roberto Pereira D'Araújo, acredita que o país superestimou a capacidade das hidrelétricas e exigiu demais das usinas nos últimos anos de chuvas boas, o que não garantiu uma reserva para o atual prolongado período de seca. A diretora da consultoria Engenho, Leontina Pinto, afirma que parte do otimismo quanto à oferta hidrelétrica se deu porque o clima mudou no Nordeste, que ficou mais seco nos últimos 20 anos, e não se esperava que os reservatórios fossem esvaziar tão rapidamente. E, quanto menos água nos lagos, menor produção. O cenário, para Leontina, pode gerar riscos se a economia brasileira tiver uma recuperação efetiva entre o final deste ano e 2018. Os especialistas acreditam que o cenário de estresse hídrico pode ser minimizado com uma maior participação estrutural das demais fontes de energia na matriz brasileira, como as termelétricas e as usinas eólicas e solares. Mas atualmente as térmicas são contratadas apenas como apoio à geração hidrelétrica, enquanto as renováveis ainda iniciam sua expansão no país. (Reuters – 09.03.2017) 

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