Os projetos de microgeração de fonte solar instalados em residências e prédios ¬ a chamada geração distribuída (GD) podem movimentar cerca de R$ 15 bilhões no Brasil até 2024, com tendência mais acentuada a partir do início da próxima década. O valor faz parte de projeções feitas pela consultoria Boston Consulting Group (BCG), com base no custo médios dos equipamentos e na estimativa de expansão de projetos do gênero no país ao longo desse período. "Não é absurdo imaginar que essa cadeia vai movimentar alguns bilhões de reais na década de 2020. Há espaço para fazer negócios", diz Jean Le Corre, sócio do BCG. O cálculo considera um custo médio de R$ 5 por watt instalado de projetos de fonte solar. Com relação à expansão, o BCG prevê salto dos atuais 74,5 MW de capacidade instalada de sistemas do tipo para 3 GW, ou quase 5% da nova capacidade instalada no Brasil até 2024. Em estudo sobre o tema, o BCG indicou que, além da irradiação solar (principal fator para instalação de projetos de GD), os custos da tecnologia estão caindo, enquanto o custo do sistema elétrico brasileiro, cobrado via tarifa das distribuidoras, tende a aumentar nos próximos anos, favorecendo a implantação de microusinas. (Valor Econômico – 03.05.2017)