MME, EPE, ONS e GIZ apresentam estudo sobre integração de fontes renováveis
No próximo dia 30 de outubro, de 10:00 às 12:00 horas, o MME, a EPE, o ONS e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) apresentarão, aos agentes do setor elétrico e ao público em geral, sob a forma de um webinar, o estudo “Integração de Fontes Renováveis Variáveis na Matriz Elétrica do Brasil”. O trabalho aborda a integração das fontes renováveis variáveis sob a óptica dos aspectos tecnológicos, de procedimento de rede, de estudos energéticos e elétricos, metodológicos e de ferramentas de planejamento para sistemas elétricos. O trabalho inclui ainda resultados de um estudo de caso hipotético que realizou uma análise eletroenergética do SIN para um horizonte futuro, sob a ótica da segurança e confiabilidade, utilizando metodologias e ferramentas analíticas de estado-da-arte sob o paradigma da massiva inserção de fontes renováveis variáveis na matriz elétrica. O estudo foi realizado no âmbito da “Cooperação Brasil Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável”, pelo “Programa Sistemas de Energia do Futuro”, que tem a coordenação do MME e do Ministério para Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). Inscrições podem ser feitas pelo link: bit.ly/IntegracaoRenovaveis. (GESEL-IE-UFRJ – 26.10.2020)
Aprovado aumento de capital de R$ 1,88 bi na Eletronuclear
A Eletrobras comunicou ao mercado na última quarta-feira (21/10) que a assembleia geral extraordinária de acionistas da Eletronuclear aprovou aumento do capital social da subsidiária no valor de R$ 1,88 bilhão, relativos a adiantamentos para futuro aumento de capital (AFAC) no valor de R$ 850 milhões, além de conversão de créditos de financiamento de R$ 1,035 bilhão. Após a transação, o capital social total da Eletronuclear passa de R$ 6,6 bilhões para R$ 8,49 bilhões. A operação aconteceu em meio a tentativas de retomada do plano de privatização da Eletrobras e da construção de Angra 3. A usina também enfrenta ação do Ministério Público sob alegação de descumprimento das condicionantes socioambientais previstas na licença prévia. (Brasil Energia - 23.10.2020)
PL exige itens com baixo consumo de energia em compras públicas
Tramita na Câmara o PL 1.034/2020, de autoria do deputado Paulo Bengston (PTB-PA), que determina que os itens adquiridos pela administração pública devem consumir o mínimo de energia possível. O texto insere o dispositivo na Lei 8.666/1993, conhecida como Lei das Licitações. Além disso, o PL determina que a aquisição de itens que prejudicam a camada de ozônio será vedada, a menos que sejam imprescindíveis e não exista alternativa viável. Nesse último caso, a justificativa deverá constar no edital da concorrência. De acordo com o último andamento disponível no site da Câmara, o texto foi encaminhado à Coordenação de Comissões Permanentes na terça-feira (20/10). (Agência Câmara de Notícias - 23.10.2020)
Aneel outorga PCH de 5 MW no RS
A diretoria geral da Aneel autorizou na última sexta-feira, 23 de outubro, a empresa Silveira II Energética S.A. a implantar e explorar a PCH Silveira II sob o regime de Produção Independente de Energia Elétrica, somando 5,1 MW de potência instalada no município de São José dos Ausentes (RS). (Agência CanalEnergia – 26.10.2020)
Emissões de debêntures incentivadas acumulam R$ 16,9 bi no ano
As emissões de debêntures incentivadas captaram R$ 2,97 bilhões em setembro, valor distribuído em nove séries vinculadas ao setor de Energia. No acumulado do ano, alcançaram R$ 16,9 bilhões, o que representa uma redução de 3,98% ante mesmo período do ano passado. Esse volume, no entanto, já supera as emissões de 2017, até então o terceiro ano de maior volume de emissão de debêntures, na casa de 84,9%. As informações estão presentes na 82ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas, divulgado hoje (23) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do ME. O prazo médio das emissões vem apresentando tendência de alta desde 2016, atingindo 12,3 anos no período de janeiro a setembro de 2020. (Valor Econômico – 23.10.2020)
Milícia vendendo drogas é novo desafio para Light e Enel RJ
O subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, delegado Rodrigo Oliveira, afirma que a maioria das milícias tem hoje algum tipo de associação com o tráfico. Para especialistas em segurança, a união dos dois lados já contaminou todas as áreas dominadas por paramilitares, que ocupam 25% do território da cidade do Rio, segundo uma recente pesquisa do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, do Disque-Denúncia (2253-1177) e das plataformas Fogo Cruzado e Pista News. A parceria criminosa, que vem sendo chamada de narcomilícia, se dá de diferentes formas. Em alguns casos, o próprio paramilitar vende a droga. Essa situação preocupa as concessionárias de energia Light e Enel RJ, que têm boa parte de sua área de concessão sob o controle das milícias. (O Globo - 25.10.2020)
RGE conclui modernização de subestação
A RGE finalizou as obras de modernização da subestação São Luiz Gonzaga, na região das Missões, no norte gaúcho. Foram investidos R$ 4,9 milhões na construção de três módulos de entrada de linha de 69 kV, sistemas de proteção e controle e uma nova sala de comando, o que aumenta a possibilidade de manobras de carga, para que a energia chegue aos clientes por outros caminhos quando uma das linhas apresentar qualquer problema ou em um desligamento programado para manutenção. A partir de agora, as manobras poderão ser feitas de forma remota e mais rápida, através do Centro de Operações Integrado da concessionária, em São Leopoldo. (Agência CanalEnergia – 23.10.2020)
Consumo na área de concessão da Celesc recua 0,2%
O consumo total de energia na área de concessão da Celesc (SC) recuou 0,2% no terceiro trimestre de 2020, chegando a 5.984 GWh. Neste período, o consumo no ambiente livre de 2.246 GWh mostra que houve baixa de 1,5%. O número de unidades consumidoras no mercado cativo da Celesc cresceu 2,4%, indo de 3 milhões para 3,1 milhões no trimestre. Já no mercado livre, houve aumento de 19,2%, com 1.303 unidades. Em nove meses do ano, a queda no consumo total do mercado chega a 3,2%, com 18.532 GWh. No ambiente livre, o recuo fica em 3,6%, com consumo de 6.566 GWh até setembro. (Agência CanalEnergia – 23.10.2020)
Diretora da Equatorial renuncia ao cargo
O Conselho de Administração do Grupo Equatorial Energia informou na noite da última quinta-feira, 22 de outubro, que tomou conhecimento da renúncia da executiva Carla Ferreira Medrado ao cargo de diretora da Equatorial Energia S.A. e de todas as empresas do Grupo para as quais tinha sido eleita, bem como ao cargo de membro do Conselho de Administração da Integração Transmissora de Energia S.A. – Intensa. (Agência CanalEnergia – 23.10.2020)
ONS: Carga sobe 3,3% em outubro com reabertura da economia
A carga de energia do Brasil deve avançar 3,3% em outubro ante igual período do ano passado, em meio ao processo de reabertura da economia após medidas de isolamento contra a pandemia do novo coronavírus, informou o ONS nesta sexta-feira (23). A projeção, no entanto, desacelerou ante a alta de 4,7% vista na semana anterior. A alta deve ser puxada pela região Sul, com carga estimada em 6,7%, seguida pelo Norte, com aumento de 5,9%. O Nordeste avança 4,3%, enquanto o Sudeste/Centro-Oeste terá a menor alta entre os subsistemas, com 1,7%. (G1 – 23.10.2020)
P&D prevê uso rodoviário de ônibus elétrico e eletropostos no ES
A EDP está avançando com um projeto piloto de R$ 6,6 milhões em parceria com a VIX Logística, empresa do Grupo Águia Branca, Weg e Certi, no intuito de colocar em operação um ônibus elétrico nas ruas e estradas do Espírito Santo. Com chassi produzido pela BYD, o veículo rodoviário utiliza carroceria Viaggio na versão 1050, fabricada pela Marcopolo, e tem uma autonomia que pode chegar a 350 quilômetros. Com duração de 18 meses, o P&D iniciado no ano passado também prevê a entrega de quatro estações de recarga rápida e baterias de lítio entregues pela WEG Electric Mobility, para operar de forma integrada por meio de uma plataforma de gestão que permitirá a realização de testes de funcionalidades e do modelo de negócio, no intuito de avaliar as condições e custo-benefício para uma possível ampliação futura, inclusive junto a outros mercados e parceiros. (Agência CanalEnergia – 23.10.2020)
China possui infraestrutura de carregamento pública concentrada
De acordo com a matéria do portal AutoHome, do ponto de vista geográfico, na China existem características de uma área de infraestrutura de carregamento pública relativamente concentrada. E essa rede está concentrada em 10 regiões principais: Guangdong, Xangai, Jiangsu, Pequim, Zhejiang, Shandong, Anhui, Hebei, Hubei e Henan, responsáveis porpor 72,4% do total em todo o país. Além disso, a concentração de operadoras de infraestrutura de tarifação pública é alta. Em setembro de 2020, havia 9 empresas de recarga operadas por operadoras de tarifação no país com mais de 10.000 unidades. Apenas essas 9 grandes operadoras representaram 90,3% do total de estações de carregamento, uma concentração que deixa as demais operadoras com apenas 9,7% desse mercado. (Inside EVs – 24.10.2020)
EUA: piloto de ônibus elétrico autônomo com financiamento público
O Condado de Fairfax e a concessionária de energia Dominion Energy lançaram o primeiro ônibus elétrico autônomo com financiamento público e teste de tecnologia sem motorista em transporte público na Comunidade da Virgínia. Este projeto piloto é uma parceria público-privada. O Condado de Fairfax está interessado nesta tecnologia por seus potenciais benefícios econômicos e ambientais e eficiências operacionais. O condado recebeu um subsídio de $ 200.000 do Departamento de Trem e Transporte Público da Virgínia para as operações do piloto e forneceu uma contrapartida local de $ 50.000. O município está contratando a Transdev para gerenciar as operações. Prevê-se que a tecnologia de VEs autônomos desempenhe um papel importante em um futuro de transporte de emissões mais baixas na Virgínia e em todo o país. (Green Car Congress – 26.10.2020)
França abre concurso para projetos de hidrogênio
O concurso é realizado pela Ademe, a agência francesa de gestão do ambiente e da energia, em representação do Ministério da Transição Ecológica. As inscrições devem ser feitas até 31 de dezembro de 2020. A competição abrange o desenvolvimento de instalações para a produção de hidrogênio, bem como para o seu transporte. Os projetos elegíveis são aqueles que proponham componentes e sistemas inovadores ou eletrolisadores de grande escala. Também se podem candidatar projectos de concepção e demonstração de veículos movidos a hidrogénio, principalmente para transporte rodoviário e ferroviário. É preferível que o hidrogênio seja produzido com energia renovável. Como parte de uma estratégia nacional para o desenvolvimento do hidrogênio livre de carbono, o governo francês estabeleceu uma meta para o país ter 6,5 GW de capacidade de produção de hidrogênio até 2030. A estratégia faz parte do plano de recuperação do COVID-19 da França, divulgado em setembro. (RenewablesNow - 26.10.2020)
Governo australiano vai financiar grandes baterias
Em nome do governo australiano, a ARENA fornecerá até AUS $ 11,5 milhões em financiamento para a TransGrid construir uma bateria de íon de lítio conectada à rede em grande escala de 50 MW / 75 MWh em sua subestação Wallgrove no oeste de Sydney. O governo de NSW também fornecerá AUS $ 10 milhões em financiamento para a bateria, como parte de seu Programa de Energia Emergente de AUS $ 75 milhões. A Wallgrove Grid Battery será projetada e construída pela Tesla usando seus Megapacks para demonstrar seu inovador produto de inércia sintética conhecido como 'Modo de Máquina Virtual'. O CEO da ARENA, Darren Miller, disse que a Wallgrove Grid Battery da TransGrid tem como objetivo provar que o armazenamento de bateria em grande escala é a solução mais eficaz para gerenciar a inércia do sistema conforme a Austrália faz a transição para a energia renovável. ARENA já apoiou cinco baterias em escala de rede, incluindo a expansão Hornsdale Power Reserve, as baterias ESCRI e Lake Bonney no Sul da Austrália e duas em Victoria em Ballarat e Gannawarra. (EnergyGlobal - 26.10.2020)
Samsung Heavy desenvolverá flutuadores para turbinas eólicas offshore
A construtora naval sul-coreana Samsung Heavy Industries Co. disse hoje que lançou seu projeto junto com a DNV GL, uma empresa norueguesa de garantia de qualidade de navios, para desenvolver flutuadores para turbinas eólicas offshore. A Samsung Heavy planeja desenvolver grandes flutuadores que funcionam para estabilizar turbinas eólicas offshore e tecnologias de manutenção de controle remoto para elas. A demanda por parques eólicos flutuantes offshore deve crescer acentuadamente no futuro próximo, graças à sua forte eficiência na produção de eletricidade, disse a Samsung Heavy. Citando um relatório do Global Wind Energy Council (GWEC), a empresa disse que a produção anual de energia de parques eólicos flutuantes offshore é estimada em 2.000 megawatts em 2030, de 11 megawatts em 2019. (REVE - 26.10.2020)
Geradoras de solar vão à Justiça por benefício fiscal
Benefícios fiscais concedidos pelo governo para a importação de painéis de geração de energia solar criaram uma verdadeira confusão no setor elétrico, colocando em oposição empresas que desenvolvem e operam grandes usinas e fabricantes nacionais de módulos. O tema já foi judicializado por companhias como a Enel Green Power e a Newen (da construtora Steelcons), grandes vendedoras da fonte solar em leilões de energia nova nos últimos anos. O principal imbróglio envolve a isenção temporária de imposto de importação de painéis bifaciais, equipamentos utilizados em usinas solares de médio e grande porte que permitem mais eficiência na produção de energia. No passado, geradores já tinham conseguido o “ex-tarifário” para um determinado modelo e, em 2019, entraram com mais um pedido, acatado neste ano. O problema começou quando a Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou, em fevereiro, uma resolução fixando um valor unitário limite para que as mercadorias fizessem jus à isenção. O valor fixado “matou” o benefício, afirmam pessoas que acompanham o tema. (Valor Econômico – 26.10.2020)
Sulgás inicia segunda etapa da chamada de biometano
A Sulgás divulgou a relação dos proponentes selecionados para a segunda etapa da chamada pública de biometano, lançada em 14/8. As empresas Folhito, Arquea e SebigásCótica seguiram para a fase de negociação, iniciada na última quarta-feira (21/10), que consiste no detalhamento das condições comerciais. Durante a primeira etapa, os proponentes tiveram que apresentar, obrigatoriamente, propostas para duas modalidades: injeção em rede e entrega de comprimido retirado. (Brasil Energia - 23.10.2020)
Dólar ontem e hoje
O dólar comercial fechou o pregão do dia 23 sendo negociado a R$5,6307 com variação de +0,96% em relação ao início do dia. Hoje (26) começou sendo negociado a R$5,6586 com variação de +0,50% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 11h38 o valor de R$5,6244 variando -0,60% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 23.10.2020 e 26.10.2020)
Ibovespa recua, mas sustenta 101 mil pontos; Dólar fecha a R$ 5,61
O Ibovespa fechou a primeira sessão da semana em queda, sob forte pressão negativa vinda do exterior, mas sustentou o patamar conquistado na última semana, encerrando o dia com recuo de 0,24% aos 101.016 pontos. O dólar também fechou o dia no campo negativo, em uma sessão marcada por forte volatilidade, com queda de 0,27% e negociado a R$ 5,61 na venda.
A segunda-feira foi de perdas mais expressivas ao redor do mundo. Em Wall Street, o Dow Jones recuou 2,29% na sessão, seguido por perdas de 1,86% no S&P 500 e por desvalorização de 1,64% no Nasdaq Composite. Na Europa, o destaque vai para o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, que perdeu quase 4% no dia, pressionado por queda de 22% nos papéis da SAP após a gigante de tecnologia abandonar suas metas de lucro para o médio prazo, advertindo os investidores que seus negócios levariam mais tempo do que o esperado para se recuperar da pandemia.
O sentimento negativo e a forte aversão aos riscos do mercado de hoje têm um nome: coronavírus. As novas infecções somaram mais de 60 mil casos apenas ontem nos EUA, enquanto a Europa bateu a marca de 250 mil mortes no continente, aumentando as incertezas quanto à recuperação das economias globais.
Na Espanha, que já teve mais de 1 milhão de casos da doença, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, alertou que o país está enfrentando uma situação “extrema” ao anunciar um novo estado de emergência no domingo, impondo toques de recolher noturnos e proibindo viagens entre regiões em alguns casos. A França, que já havia anunciado novas medidas de combate ao vírus, registrou mais de 50 mil casos diários pela primeira vez no fim de semana. A Itália também anunciou novas restrições e toque de recolher a partir das 18h.
“Teremos meses muito, muito difíceis pela frente”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, em uma reunião de líderes da União Democrata-Cristã (CDU).
Outras variáveis também estão na mesa e seguem no radar dos investidores, como as eleições nos EUA e a falta de um acordo entre democratas e republicanos para um novo pacote de alívio econômico.
“As bolsas reagiram ao aumento de restrições, principalmente na Europa, e também ao balde de água fria do pacote de estímulos americanos. A queda nas bolsas em Wall Street ocorre justamente naquelas ações sensíveis à abertura da economia, como os hotéis, turismo e aviação. A descrença com o pacote de estímulos aumenta também a partir de um maior acirramento na disputa pela maioria do Senado, que pode não ser tão azul (democrata) o quanto previsto, emperrando também novos pacotes no pós eleições”, explica João Beck, sócio da BRA, escritório credenciado da XP.
Os norte-americanos aguardam desde julho um acordo entre o Congresso e a Casa Branca.
Nos indicadores, as expectativas para a inflação em 2020 foram revistas para cima mais uma vez, agora a 2,99% ao ano, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central. Na semana passada, a expectativa era de inflação em 2,65% no ano. Essa é a 11ª elevação consecutiva dos agentes para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Há um mês, a projeção do mercado era de inflação em 2,05% para 2020.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir o futuro da taxa Selic. A expectativa do mercado é de manutenção na taxa em 2% ao ano (Forbes com Reuters)
Legenda: Por outro lado, a alta do dólar desestimula o envio de recursos do Brasil para o exterior (Imagem: Pixabay)
Com a alta do dólar, as remessas de brasileiros que vivem no exterior para familiares no Brasil têm batido recordes.
Em setembro, foram registradas US$ 293 milhões de receitas de transferências pessoais, segundo dados do Banco Central (BC).
Esse foi o maior volume para o mês de setembro, na série histórica, iniciada em 1995. Em setembro de 2019, as transferências somaram US$ 248,6 milhões.
De janeiro a setembro deste ano, foram US$ 2,407 bilhões enviados para o Brasil, crescimento de 11,6% em relação a igual período de 2019.
Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o dólar mais caro faz com que o dinheiro convertido em reais no Brasil represente um volume maior de recursos.
Ele diz que isso pode incentivar os brasileiros no exterior a mandarem mais dólares para o país.
“Como a pessoa no exterior que está mandando para seus parentes no Brasil sabe que aquela mesma quantidade de dólares que manda sempre vai representar uma quantidade maior, pode ter um incentivo para aumentar esse fluxo em dólares”, disse, ao apresentar o relatório das contas externas, na última sexta-feira (23).
Por outro lado, a alta do dólar desestimula o envio de recursos do Brasil para o exterior. Em setembro, essas transferências chegaram a US$ 128 milhões, queda de 18,9% na comparação com o mesmo mês de 2019. No acumulado do ano até setembro, o valor chegou a US$ 1,065 bilhão, recuo de 31,1% contra igual período de 2019.
A maior parte das transferências que vêm para o Brasil são dos Estados Unidos. Esse setembro, o volume chegou a US$ 147,2 milhões.
Outros US$ 57 milhões vieram do Reino Unido, US$ 17 milhões de Portugal, US$ 9,8 milhões da Espanha, US$ 7,7 milhões da Itália e US$ 7,6 milhões do Japão (Money Times com Agência Brasil, 26/10/20)