Notícias do setor
10/06/2021
Notícias do Setor

Senado deve fazer ajustes na MP da capitalização da Eletrobras

O governo dá como certa a mudança no Senado do texto da Medida Provisória de capitalização da Eletrobras aprovado na Câmara. Rodrigo Limp, presidente da estatal, fala em aprimoramentos, enquanto o secretário especial de Desestatização, Diogo Mac Cord, diz esperar ajustes pontuais. "Está claro que alguma mudança vai ter no Senado. Mas o que nos chegou até agora não são alterações absurdas. São ajustes pontuais que não comprometem o texto. É assim que funciona o processo legislativo", afirmou Cord, durante a 12ª edição do Bradesco BBI London, realizado virtualmente neste ano. Também presente ao evento, Limp disse que a Eletrobras e o governo estão trabalhando para emitir as ações da empresa no início de 2022. A ideia é usar o dinheiro da capitalização para pagar outorga e não em investimentos. (Broadcast Energia – 08.06.2021)

Normas de universalização serão consolidadas pela Aneel

As normas relacionadas à universalização do acesso ao serviço de eletricidade serão consolidadas em uma única resolução pela Aneel. A Aneel vai revogar 12 atos normativos editados entre 2003 e 2016 e que não produzem mais efeitos. A proposta que entra em consulta pública nesta quarta-feira, 9 de junho, faz ajustes no regulamento para adequá-lo e dar mais clareza, precisão e ordem lógica ao texto, de acordo com a agência reguladora. O texto ficará disponível para contribuições por meio do e-mail cp033_2021@aneel.gov.br até 26 de julho. (Agência CanalEnergia – 08.06.2021)

MME enquadra reforço em instalação de transmissão pela Interligação Elétrica Sul no Reidi

A Secretaria de planejamento do MME enquadrou o projeto de reforço em instalação de transmissão de energia elétrica da Interligação Elétrica Sul, no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). O Reidi é um incentivo fiscal que consiste na suspensão da incidência do PIS/Cofins sobre as aquisições de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção para utilização ou incorporação em determinado empreendimento. (Broadcast Energia – 08.06.2021)

 

Energisa investe no Pix para crescer fintech

Lançada pela Energisa no início de 2021, a fintech Voltz tem planos de lançar ainda neste ano uma conta digital voltada para empresas, que no primeiro momento terá como alvo os 22 mil fornecedores do grupo. Segundo o diretor-presidente da Voltz, Tiago Compagnoni, atualmente o serviço voltado para as chamadas "pessoas jurídicas" (PJ) funciona basicamente com a opção de antecipação de recebíveis para fornecedores do Grupo Energisa, serviço que já movimentou R$ 100 milhões desde o início das operações da fintech. Nos últimos meses, a empresa iniciou uma campanha por meio da qual concede desconto de 10% (limitado a R$ 20,00) na fatura de energia dos clientes que pagarem a conta de luz por meio do sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC). De acordo com Compagnoni, uma maior adoção do Pix no pagamento das faturas traz benefícios para a Energisa, uma vez que a ferramenta é mais rápida e reduz custos com a emissão de boletos. (Broadcast Energia – 08.06.2021)

EPE conclui cadastramento dos projetos para o Leilão de Energia Nova A-5 de 2021

Foi concluído, em 02/06/2021, o cadastramento dos projetos para participação no Leilão de Energia Nova A-5 de 2021. Anunciado pelo MME por meio da Portaria Normativa MME nº 10/2021, o Leilão está previsto para ser realizado em 30 de setembro de 2021, com participação de empreendimentos eólicos, fotovoltaicos, hidrelétricos e termelétricos. O destaque deste leilão é o produto exclusivo destinado à Recuperação Energética de Resíduos Sólidos Urbanos. Ao todo foram cadastrados na EPE 1.694 projetos, totalizando mais de 93,9 GW de oferta. O Informe com mais detalhes sobre os projetos cadastrados pode ser acessado a partir da relação dos arquivos ao final da página da área do Leilão A-5/2021. (EPE – 08.06.2021)

Aneel abre consulta pública sobre regras de leilão para fornecer energia a partir de 2026

A diretoria da Aneel aprovou nesta terça-feira, 08, a abertura de consulta pública sobre as regras do leilão para fornecer energia elétrica a partir de janeiro de 2026, chamado de “leilão de energia nova A-5”. O certame está previsto para ser realizado em 30 de setembro deste ano. Os documentos ficarão disponíveis para receber contribuições de 10 de junho até 26 de julho. O leilão é destinado para contratar energia elétrica a partir de fontes hidrelétricas, eólica, solar fotovoltaica e térmicas a biomassa, a gás natural, carvão mineral e de recuperação energética de lixo urbano. Poderão concorrer todos os empreendimentos qualificados pela EPE. Os prazos de suprimento variam de acordo com a fonte. Os contratos por quantidade serão de 25 anos para empreendimentos hidrelétricos e de 15 anos para projetos de fontes eólica e solar. (Broadcast Energia – 08.06.2021)

CCEE: PLD médio para 08/06 aumenta 1% em todos os submercados

O valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) calculado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aumentou 1% hoje em todos os submercados, para R$ 279,74 por megawatt-hora (MWh) no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, enquanto no Norte ele ficou em R$ 274,86 por MWh e no Nordeste em R$ 275,99 por MWh. A mínima do dia ficou em R$ 258,95 por MWh em todos os submercados, para a energia vendida às 03h, enquanto a máxima no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul foi de R$ 304,41 por MWh, às 18h. No Nordeste ficou em R$ 282,92 por MWh, às 14h, e no Norte, em R$ 287,11 por MWh as 21h. (Broadcast Energia – 08.06.2021)

PLD apresentou variação máxima de quase 900% em maio

O Preço de Liquidação das Diferenças calculado em base semi horária pelo modelo Dessem apresentou valores entre R$ 49,77/MWh e R$ 471,97/MWh ao longo do mês de maio. Ou seja, a diferença entre o maior e o menor valor variou em quase 900%, sendo que o mais elevado foi calculado no dia 3, às 16h, no submercado Sul. Já no outro extremo, o valor mínimo regulatório foi registrado em horários de consumo reduzido, aos finais de semana, nos dias 8, 9 e 16, para todos os submercados. Apesar da amplitude horária, ressalta a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a média mensal ficou bem abaixo do pico registrado. Chegou aos R$ 218,70/MWh para o Sudeste/Centro-Oeste. Para o Sul, o valor foi de R$ 226,16/MWh. Para o Nordeste, a média do mês ficou em R$ 189,32/MWh, bem próxima da do Norte, de R$ 189,12/MWh. (Agência CanalEnergia – 08.06.2021)

BCG: carros elétricos serão só 10% das vendas do Brasil em 2030

Um novo estudo divulgado pelo Boston Consulting Group (BCG) revelou que as vendas de veículos elétricos no Brasil deverão atingir no máximo 10% em 2030. É um crescimento bem mais lento do que terão China, EUA e União Europeia no mesmo período, visto que, nesse locais, o levantamento projetado é que os elétricos irão corresponder a 50% das vendas de veículos em 2026, daqui a apenas cinco anos. O estudo indica que os motivos para a projeção otimista nos países ricos são a queda nos preços das baterias e a estipulação de metas agressivas de cortes na emissão de gases de efeito estufa. Na Conferência do Clima, em abril, a União Europeia firmou acordo para reduzir em 55% de suas emissões até 2030 e zerá-las até 2050. Muitas grandes montadoras, inclusive, estão aproveitando a situação para impor suas próprias metas. No Brasil, porém, tudo vai ser bem mais devagar. O estudo aponta que a falta de normas regulamentadoras sobre emissões, de incentivos financeiros e de compromisso governamental com os elétricos irá dificultar o crescimento da frota por aqui. No momento atual, um carro elétrico no Brasil custa três vezes mais que um a combustão. “O Brasil está um passo atrás”, afirma Masao Ukon, sócio e diretor executivo do BCG. Ele explica que o país atualmente trata os elétricos como produtos “premium” e que a evolução do segmento vai depender da nossa relação com o etanol, que tem prioridade nas pautas do governo. (Automotive Business – 07.06.2021)

Governo prepara estratégia para reforma do IR e negocia transformar Refis

A equipe econômica está programando algumas reuniões com lideranças políticas para encaminhar à Câmara dos Deputados a reforma do IR, projeto que está sendo finalizado tecnicamente. Ao mesmo tempo, o ME negocia com o Senado a modificação do projeto de Refis do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para transformá-lo no chamado “passaporte tributário”, que visa limpar o balanço das empresas para o novo marco tributário do país. Fontes apontam que a intenção é transformar o texto de Pacheco, relatado pelo senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que é líder do governo, em uma grande e ampla transação tributária, o mecanismo que permite renegociar dívidas conforme a capacidade de pagamento dos contribuintes. A ideia é dar descontos de 70% em multa e juros para as empresas com dívidas e que tiveram perda de faturamento na pandemia. (Valor Econômico – 08.06.2021)

Ipea: consumo de itens industriais tem desempenho “fraco” em abril, com queda de 5,4%

O Ipea apurou queda no consumo de itens industriais em abril. Nesta terça-feira, o órgão informou que o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais caiu 5,4% em relação a março. A produção interna destinada ao mercado nacional recuou 2%, e a importação de bens industriais caiu 10,6%, após registrar alta de 10% no mês imediatamente anterior. Para o instituto, o desempenho em abril do consumo aparente de bens industriais foi “fraco”, com quedas “disseminadas”. Porém, na comparação com abril do ano passado, auge do impacto na economia dos efeitos negativos da pandemia por covid-19, iniciada em março, o índice do Ipea subiu 28,9% em abril desse ano. Em comunicado sobre o indicador, o Ipea detalhou que o cálculo da alta no índice em abril desse ano, na comparação com abril de 2020, foi feita por meio da produção industrial interna não exportada, acrescida das importações. Em 12 meses até abril, houve variação nula, ou estabilidade, no índice – sendo que, no mesmo período, a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do IBGE, teve alta de 1,1%. No entendimento dos pesquisadores do Ipea, entre as grandes categorias econômicas componentes do indicador, "o fraco resultado registrado em abril, em relação a março, foi disseminado e todos os segmentos tiveram queda na margem", exceto um. (Valor Econômico – 08.06.2021)

IPC-Fipe acelera alta para 0,52% na primeira medição de junho

A inflação na cidade de São Paulo acelerou pela terceira semana consecutiva, indo a 0,52% na primeira leitura de junho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela Fipe. No encerramento de maio, o IPC-Fipe avançou 0,41%. Das sete classes de despesa que compõem o indicador, subiram mais na passagem do fim de maio para o início de junho Habitação (0,59% para 0,72%), Transportes (1,20% para 1,36%) e Vestuário (0,12% para 0,28%). Despesas Pessoais mudaram de direção (-0,08% para 0,30%). Também houve mudança de rumo em Alimentação (0,04% para -0,02%). Saúde, por sua vez, desacelerou o ritmo de alta (0,69% para 0,66%) enquanto Educação subiu 0,04%, repetindo a taxa do fechamento de maio. (Valor Econômico – 09.06.2021)

Ibovespa fecha em alta com commodities; dólar fecha a R$ 5,0687

O Ibovespa encerrou em leve alta o pregão desta quarta-feira (9), avançando 0,09% aos 129.906 pontos, apoiado na valorização de ações do setor de commodities após quedas nos estoques de minério de ferro na China. O dia foi de oscilação na Bolsa, mas a tendência segue positiva para o índice brasileiro. Na análise de Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, a tendência de alta é conservada enquanto o Ibovespa seguir acima dos 120 mil pontos.

O mercado digeriu hoje os dados da inflação oficial de maio, acima do esperado e no nível mais elevado para o mês em 25 anos, sob pressão, principalmente, da energia elétrica. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou 0,83% no mês passado, depois de subir 0,31% em abril, de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o índice acumulado em 12 meses disparou a 8,06%, ante 6,76% em abril. A expectativa era de alta de 7,93%.

A escalada do IPCA aumenta a atenção em torno do cenário inflacionário e da política monetária brasileira. A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central acontece nos dias 15 e 16 de junho e a expectativa do mercado é de nova elevação na taxa Selic, para 4,25% ao ano.

Ainda no contexto doméstico, a Câmara dos Deputados instalou hoje a comissão especial que irá analisar o mérito da reforma administrativa, cumprindo mais um passo na tramitação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que pretende reorganizar o Estado brasileiro. O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) foi eleito presidente do colegiado, que terá até 40 sessões do plenário da Câmara para emitir um parecer, enquanto a relatoria da proposta ficou a cargo de Arthur Oliveira Maia (DEM-BA).

Para amanhã (10), o mercado aguarda a decisão monetária do BCE (Banco Central Europeu) e a divulgação dos preços ao consumidor nos EUA medidos pelo CPI (Consumer Price Index), com expectativa de leve arrefecimento no avanço da inflação norte-americana. Analistas projetam o CPI em 0,4% em maio, ante alta de 0,8% em abril, elevando a taxa em 12 meses para 4,7%.

Os índices de ações em Wall Street terminaram o dia em queda, com investidores ampliando o movimento de cautela antes dos dados da inflação. O mercado norte-americano tem operado com baixa volatilidade nas últimas sessões enquanto investidores acompanham o avanço inflacionário, problemas no mercado de trabalho, escassez de matérias-primas e possíveis sinais de mudanças no posicionamento do Federal Reserve na condução da política monetária. O próximo encontro do FOMC (Federal Open Market Committee) acontece também nos dias 15 e 16 deste mês.

No fechamento, o Dow Jones 0,44% aos 34.447 pontos, o S&P 500 teve queda de 0,18% aos 4.419 pontos e o Nasdaq caiu 0,09% aos 13.911 pontos.

O dólar abandonou as perdas do início do dia e fechou em alta contra o real nesta quarta-feira, ganhando 0,67% e negociado R$ 5,0687 na venda, apoiado numa onda de compras, enquanto investidores seguem à espera da inflação norte-americana e das decisões de política monetária.

“O IPCA mais forte que o esperado ajudou a moeda buscar mínimas (…), porém, logo nas primeiras horas de pregão, ela inverteu sinal e começou a subir com compras por partes de tesourarias bancárias e importadores, atraídos pelo preço ‘barato’ do dólar”, disse em nota Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora, sobre o movimento desta quarta-feira (Reuters, 9/6/21)

As criptomoedas substituirão as moedas tradicionais?

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O Bitcoin sofreu uma queda vertiginosa de cerca de 40% em maio, após valorizações recordes. A DW explica as diferenças entre criptomoedas e moedas tradicionais e, ainda, se Bitcoin e outras substituirão o dólar e euro.

 O dólar americano e o euro são exemplos de moedas fiduciárias ou tradicionais – notas e moedas impressas pelos governos, cujo valor depende da política econômica e da força da economia de um país. O termo fiduciário tem origem do latim "fiat", que significa "faça-se".

O dólar, por exemplo, mantém seu valor pelo fato de os EUA serem uma potência econômica global. A maioria das commodities, do petróleo ao ouro, é negociada em dólares, dando à moeda americana o chamado status de reserva mundial, sendo que a maioria dos bancos centrais dos países detém quantidades significativas de dólares. Da mesma forma, a força da economia da zona do euro impulsionou o valor da moeda europeia, que é a segunda moeda de reserva mais comum.

Além das notas e moedas em circulação, a maior parte da oferta de moeda fiduciária é criada digitalmente, seja pelos bancos centrais que transferem os valores para os principais bancos ou pelos próprios bancos na forma de empréstimos a governos, empresas e consumidores.

As criptomoedas, por outro lado, são privadas e operam de forma independente dos governos. O Bitcoin, o exemplo mais famoso, surgiu em 2009 durante a crise financeira em meio à preocupação com a estabilidade do sistema financeiro global. Ele rapidamente ganhou força devido aos temores de instabilidade política e governos assumindo muitas dívidas. Atualmente, existem mais de 5 mil criptomoedas em um mercado que vale mais de 1 trilhão de dólares.

As transações de Bitcoin são verificadas digitalmente através do uso da tecnologia blockchain, que não está vinculada a um servidor, mas a uma rede global de computadores, tornando-os menos vulneráveis a fraudes. É também o processo que permite a mineração de novas moedas, embora exista um teto para a criação de novos Bitcoins: 21 milhões, um número que deverá ser atingido até 2040.

O Bitcoin subiu de US$ 0,0008 para US$ 0,08 nos primeiros cinco dias após seu lançamento e, desde então, disparou para quase US$ 60 mil antes de cair 40% no mês passado.

E o ouro e as outras moedas?

Muitas moedas fiduciárias, como o dólar e a libra esterlina, que antes era a principal moeda de reserva do mundo, já foram lastreadas em commodities escassas como ouro e prata, que ajudaram a preservar seu valor.

Uma moeda fiduciária pode perder o valor se os governos imprimirem muito dela, como foi o caso da Alemanha dos anos 1920. O país tinha enormes dívidas e recebeu sanções econômicas após sua derrota na Primeira Guerra Mundial, que o governo tentou pagar por meio da impressão em massa de notas. Em novembro de 1923, 1 dólar valia 4.210.500.000.000 marcos.

Até a Grande Depressão nos anos 1930, os detentores de dólares podiam, em teoria, trocar seu dinheiro por ouro armazenado nos cofres federais dos Estados Unidos. Em 1971, o presidente do país, Richard Nixon, desvinculou o dólar do ouro, transformando-o em uma moeda fiduciária. Na época, uma onça de ouro valia 35 dólares. Hoje, o preço é de 1.920,80 dólares.

O ouro – e a prata – continuam sendo ativos populares, especialmente durante as crises econômicas, e alguns economistas querem que as maiores moedas do mundo voltem ao chamado padrão-ouro.

Outros dizem que a forma transparente como o Bitcoin e outras criptomoedas são "extraídos" os torna um investimento tão confiável quanto o metal precioso e as moedas lastreadas em ouro. Eles preveem que, assim que o número total de Bitcoins estiver em circulação, a moeda digital poderá valer 514 mil dólares.

Os críticos da criptografia apontam para a grande volatilidade nos valores do Bitcoin, Ether e outros, o que torna difícil para as empresas aceitá-los para o pagamento de bens e serviços. A Tesla, por exemplo, disse em março que aceitaria o Bitcoin para a compra de seus veículos elétricos, mas recuou dois meses depois.

As criptomoedas substituirão o dinheiro fiduciário?

Atualmente, a China está testando sua própria moeda digital, o yuan digital. Os Estados Unidos e a União Europeia afirmam que é apenas uma questão de tempo até que as moedas se tornem totalmente digitais, assemelhando-se a criptomoedas. Muitos analistas financeiros acreditam que a tecnologia blockchain por trás de moedas como Bitcoin será útil para o lançamento de versões digitais de moedas já existentes e apoiadas pelo governo.

Entusiastas do Bitcoin dizem que a escassez da moeda privada ajudará a sua credibilidade entre os investidores, em meio a um enorme estímulo e impressão de dinheiro por bancos centrais de todo o mundo na esteira da pandemia da covid-19. Inicialmente, a maioria das criptomoedas era detida por pequenos investidores, mas no ano passado houve um influxo de dinheiro institucional e o aumento da aceitação por comerciantes e plataformas de pagamento online.

Mas algumas plataformas de negociação de criptomoedas foram fechadas devido a investigações sobre fraude e lavagem de dinheiro, envolvendo bilhões de dólares. Os governos, incluindo da China, Índia e Turquia, restringiram recentemente o comércio de criptomoedas, em um grande revés para os planos de crescimento e aceitação pública. Uma regulamentação mais forte por parte dos governos ocidentais também parece estar em jogo.

As preocupações ambientais também podem dificultar o crescimento das criptomoedas, devido à enorme energia elétrica necessária para extrair as moedas e verificar as transações (DW, 3/6/21)

 

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