Notícias do setor
03/08/2021
Notícias do Setor

MME abre consulta sobre programa de resposta da demanda

Interessados têm sete dias a partir dessa segunda-feira para enviar suas contribuições por meio do portal do MME

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)

O governo federal abriu consulta pública com as diretrizes para o programa voluntário de Resposta da Demanda. A medida veio por meio da Portaria no. 538 publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 2 de agosto. Essa é mais uma medida que o governo anunciou para combater a crise hídrica, na semana anterior foi a vez da Portaria no. 17 sobre o excedente de biomassa e cogeração qualificada. As contribuições dos interessados para o aprimoramento da proposta, serão recebidas pelo Ministério de Minas e Energia, por meio do seu portal de consultas públicas pelo prazo de sete dias, contados a partir de hoje.

Em linhas gerais, a proposta de diretrizes vem no mesmo sentido das outras portarias que foram publicadas para o uso do excedente de geração térmica a gás e a biomassa. Essa oferta de resposta da demanda deverá ser considerada como recurso adicional para atendimento ao SIN, desde que aceita pelo CMSE, que deliberará sobre o tema.

Entre os consumidores elegíveis estão os parcialmente livres que poderão participar da oferta de até o limite equivalente à parcela livre do seu consumo. Inclusive, consumidores modelados sob agentes varejista. Um critério importante é de que todos devem estar adimplentes com as obrigações setoriais e com a CCEE.

As ofertas vão de um a seis meses de duração que devem ser enviadas ao ONS com ofertas de quatro e sete horas, lotes com volume mínimo de 30 MW médios na duração da oferta e discretizados no padrão de 5 MW médios.

O Operador fará o estabelecimento de uma rotina operacional provisória e definirá no dia anterior as ofertas que serão consideradas e em qual horário. Inclusive, é previsto o despacho da resposta da demanda no mesmo dia caso, seja necessário.

O montante considerado a ser despachado será contabilizado via MCP e não estarão sujeitas ao rateio da inadimplência na liquidação financeira do MCP. Os valores acima do PLD entram como ESS. A vigência prevista dessas diretrizes é até 30 de abril de 2022.

BWP 2021: entrega de trabalhos técnicos é prorrogada até 15 de agosto

A apresentação dos trabablhos nos dias 20 e 21 de outubro

DA AGÊNCIA CANALENERGIA

O prazo para envio de trabalhos técnicos para a edição 2021 do Brazil Windpower foi prorrogado para até o dia 15 de agosto. A apresentação dos trabalhos acontece nos dias 20 e 21 de outubro, Os artigos submetidos devem ser encaixar nas categorias Análise de Recursos do Vento; Novas Tecnologias; Operação & Manutenção; Regulação e Comercialização; Benefícios ambientais, sociais e econômicos da fonte eólica e Miscelâneas.

Os artigos devem ser enviados por meio eletrônico para o endereço http://sistemas.ctee.com.br/papers/2021/ . Mais informações sobre as condições para envio dos trabalhos técnicos neste link.

Senado deve aprovar pacote de infraestrutura de Biden

A aprovação do pacote de quase US$ 1 trilhão pelo Congresso americano será um importante marco para a agenda econômica do presidente Joe Biden

Por Bloomberg

O Senado dos EUA se prepara para aprovar nesta semana o projeto de infraestrutura de quase US$ 1 trilhão, que inclui US$ 550 bilhões em novos gastos, que proporcionará a maior injeção de recursos federais em obras públicas das últimas décadas, um importante marco para a agenda econômica do presidente Joe Biden.

 

Balança comercial tem superávit de US$ 7,4 bi em julho, abaixo do esperado

A balança comercial brasileira teve superávit de 7,4 bilhões de dólares em julho, resultado abaixo do esperado e atingido em meio à alta expressiva na ponta das importações, divulgou o Ministério da Economia nesta segunda-feira.

A expectativa era de um superávit de 8,694 bilhões de dólares segundo pesquisa da Reuters com economistas. O resultado ficou abaixo do superávit de 7,6 bilhões de dólares do mesmo mês do ano passado, valor recorde para o período da série histórica iniciada em 1989.

Em julho deste ano, as exportações somaram 25,5 bilhões de dólares, alta de 37,5%, pela média diária, frente a igual período de 2020. Já as importações subiram 60,5% na mesma base de comparação, a 18,1 bilhões de dólares.

As compras foram puxadas principalmente pelo aumento de 163,2%, sempre pela média diária, verificado em produtos da Indústria Extrativa. Mas também cresceram as importações de itens da Indústria de Transformação (+57%) e na Agropecuária (+48,2%).

Segundo o Ministério da Economia, houve forte elevação nas importações de óleos brutos de petróleo (+149%) e de gás natural (+254%).

Já a alta nas exportações também foi puxada pelo crescimento de 62,7% nos embarques de produtos da Indústria Extrativa, com altas de 37,7% na Indústria de Transformação e 11,2% na Agropecuária.

No acumulado de janeiro a julho, a balança comercial registra superávit de 44,1 bilhões de dólares, contra saldo positivo de 29,9 bilhões de dólares em igual etapa de 2020.

No início do mês passado, o governo atualizou para cima sua estimativa para o superávit da balança comercial a 105,3 bilhões de dólares neste ano, ante 89,4 bilhões de dólares anteriormente.

A cifra representa quase o dobro do saldo positivo de 51,1 bilhões de dólares alcançado para as trocas comerciais em 2020 (Reuters, 2/8/21)

Lucro do Itaú cresce 55,6% no 2º trimestre e atinge R$ 6,5 bilhões

Legenda: Lucro do Itaú salta mais de 55% no segundo trimestre em relação a igual período de 2020 - Sergio Moraes - 29.abr.2019/Reuters

 Movimento foi impulsionado pela redução no custo de crédito e por um maior volume de empréstimos.

lucro líquido do Itaú Unibanco ficou em R$ 6,543 bilhões no segundo trimestre deste ano, informou o banco nesta segunda-feira (2). O valor representa um aumento de 55,6% em relação a igual período do ano passado e de 2,3% quando comparado aos três meses anteriores.

O resultado foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito do banco e pela continuidade na redução de custos de crédito –movimento que o banco já vinha fazendo há alguns trimestres.

O Itaú é o segundo grande banco a divulgar seus resultados referentes ao segundo trimestre. O primeiro foi o Santander, que reportou uma alta de 98,4% no lucro, para R$ 3,979 bilhões.

Segundo relatório divulgado pelo banco nesta segunda (2), o custo de crédito do banco caiu 39,6% no período, para R$ 4,7 bilhões. O resultado acompanha a queda de 36,1% nas reservas feitas para cobrir eventuais calotes (provisões), para R$ 4,8 bilhões.

No semestre, o banco somou R$ 9,3 bilhões em provisões, queda de 48,4% em comparação a igual período do ano passado –época em que o banco havia aumentado sua reserva para calotes na tentativa de conter os impactos da crise do coronavírus. Na comparação com os três meses anteriores, as provisões subiram 9%.

“Esse crescimento [na comparação trimestral] é explicado pela maior despesa de provisão nos negócios de atacado no Brasil em função da piora de rating [nota de crédito] de determinados clientes deste segmento. Além disso, os descontos concedidos aumentaram em todos os segmentos”, afirmou o banco em relatório.

carteira de crédito total do banco no Brasil (incluindo garantias financeiras e títulos privados) somou R$ 699 bilhões no segundo trimestre, avanço de 17,4% em relação a igual período de 2020. O destaque ficou com as concessões voltadas para pessoas físicas, que cresceram 22,2% na mesma base de comparação, para R$ 279,7 bilhões.

Os financiamentos imobiliários apresentaram o maior crescimento da categoria, de 44,4% no período, para R$ 70,5 bilhões. Os empréstimos direcionados para cartão de crédito –maior parte do crédito concedido pela instituição para pessoas físicas– tiveram alta de 21,2%, para R$ 88,3 bilhões.

 

A carteira de crédito para micro e pequenas e médias empresas totalizou R$ 132,6 bilhões, alta de 23,4% na mesma relação. Já os empréstimos para companhias de grande porte somaram R$ 286,7 bilhões, avanço de 10,6%.

O total da carteira de crédito do banco –considerando as operações do Itaú na Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Panamá e Uruguai– foi de R$ 909,1 bilhões, alta de 12% no período.

carteira de crédito renegociado do banco ficou em R$ 36,2 bilhões. O valor responde por uma queda de 1,8% em comparação ao trimestre anterior, mas é 1,4% maior do que o registrado em igual período do ano passado.

O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,3%, valor estável em relação ao trimestre anterior e uma redução de 0,4 p.p. (ponto percentual) em comparação a iguais três meses de 2020.

Já o índice de calotes total de 15 a 90 dias ficou em 2,5%, alta de 0,5 p.p. em comparação ao trimestre anterior e de 1,2 p.p. ante igual período de 2020. Sem dar mais detalhes, o banco afirmou que a alta é efeito de um caso específico de um cliente da América Latina. Excluindo esse caso, a inadimplência total de 15 a 90 dias teria ficado em 1,9%.

A margem financeira do banco (principal receita, com operações de crédito), somou R$ 18,8 bilhões, alta de 5,7%. O avanço é resultado da maior margem com clientes, que subiu 2% para R$ 16,8 bilhões, e da margem com o mercado, que mostrou avanço de 52,3% no período, para cerca de R$ 2 bilhões.

As receitas com prestação de serviços atingiram R$ 10 bilhões, alta de 18,9%.

CISÃO DA PARTICIPAÇÃO NA XP

No final de julho, o Banco Central autorizou alteração societária relacionada ao Itaú Unibanco, que prevê a cisão da participação do conglomerado na XP.

O BC afirmou que não verificou nenhum risco prudencial ou concorrencial para o sistema financeiro nacional com a mudança. A operação já havia recebido manifestação favorável do Federal Reserve, o banco central americano.

Em relatório divulgado nesta segunda (2), o Itaú afirmou que o efeito dessa operação foi uma redução no ativo permanente (indicativo do patrimônio que a empresa possui, relacionado a bens ou direitos de natureza duradoura), uma queda no patrimônio líquido e um impacto nas receitas de prestação de serviços auferidos até 31 de maio.

Segundo o banco, o efeito foi neutro em termos de capital.

O patrimônio líquido do Itaú no segundo trimestre deste ano estava em R$ 136 bilhões –recuo de 7,7% em relação a igual período de 2020 e de 3,1% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

 

RAIO-X DO ITAÚ NO 1º TRIMESTRE

Lucro líquido
R$ 6,543 bilhões

Carteira de crédito no Brasil
R$ 699 bilhões

Margem financeira
R$ 18,8 bilhões

ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido)
18,9%

Funcionários
98.250

Agências e pontos de atendimento
4.326

Principais concorrentes
Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander (Folha de S.Paulo, 3/8/21)

 

Ibovespa fecha em alta puxado por exterior; dólar cai a R$ 5,1652

Ibovespa fechou hoje (2) com alta de 0,59%, a 122.515 pontos, puxado pela valorização das ações de bancos, que reagem à perspectiva de aumento da taxa Selic na reunião do Copom de quarta-feira (4) e à proximidade da divulgação dos balanços do Itaú Unibanco e Bradesco. Também impulsiona o índice a alta dos papéis da Vale, que se beneficiam do avanço do preço do minério de ferro no exterior.

A expectativa do mercado para a inflação neste ano aproximou-se ainda mais de 7% na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. O levantamento apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2021 agora é de 6,79%, contra 6,56% na semana anterior, superando ainda mais o teto da meta, de 5,25%. Para 2022, a projeção aumentou em 0,01 ponto-percentual, indo a 3,81%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento passou a 5,30% este ano, também 0,01 ponto a mais, enquanto a projeção para o ano que vem permaneceu em 2,10%. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a Selic deve terminar tanto 2021 quanto 2022 em 7,0%, nos cálculos dos especialistas consultados.

Em Wall Street, o otimismo do início do dia deu lugar à cautela após a cidade de Nova York retomar a recomendação de uso de máscaras em ambientes fechados. A notícia voltou a abalar o humor dos investidores, que observam o crescimento das contaminações no país, enquanto aguardam a votação do pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão proposto pela Casa Branca. No fim de semana, senadores norte-americanos chegaram a um acordo sobre o projeto.

“A aprovação do pacote de infraestrutura dos EUA daria mais impulsionamento para a Bolsa brasileira, uma vez que o setor de materiais básicos tem um peso importante no Ibovespa”, afirma Jansen Costa, sócio da Fatorial Investimentos.

Dow Jones encerrou o dia com queda de 0,28%, a 34.838 pontos. O S&P 500 recuou 0,18%, a 4.387 pontos. O Nasdaq subiu 0,06%, a 14.681 pontos.

A indústria dos Estados Unidos continuou a crescer em julho, embora o ritmo tenha desacelerado pelo segundo mês seguido, com a persistência da escassez de matérias-primas. O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira que seu índice para a atividade industrial do país caiu a 59,5 no mês passado, leitura mais baixa desde janeiro, ante 60,6 em junho.

No Brasil, o mesmo índice subiu para 56,7 em julho, de 56,4 em junho, maior patamar em cinco meses e acima da média de longo prazo, com todas as três áreas monitoradas registrando crescimento. Com o aumento da demanda no ritmo mais rápido do ano, os fabricantes de produtos se concentraram em recompor seus estoques, com o subíndice de estoque de bens finais aumentando pelo quarto mês consecutivo e no ritmo mais rápido em quinze anos e meio de história da pesquisa.

dólar fechou em baixa de 0,85%, negociado a R$ 5,1652 na venda. A cotação da moeda cai diante da expectativa de um aumento da diferença de juros entre Brasil e Estados Unidos, se confirmada as expectativas do mercado, que prevê alta de 1 ponto-percentual na taxa Selic. “Vemos que o Brasil está subindo mais os juros do que outros mercados emergentes, o que deixa o real mais atrativo”, diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Para estrategistas do Morgan Stanley, pesam contra a moeda brasileira um nível já carregado de posicionamento favorável ao real, “valuations” caros e elevada sensibilidade aos movimentos do dólar no exterior. Esse cenário tem prejudicado o risco/retorno do real mesmo com a perspectiva de que o Banco Central eleve os juros.

“Achamos que a moeda terá dificuldade em sair de uma faixa de R$ 5,00 a R$ 5,60 no curto prazo e vemos (o mercado de) opções como o mais interessante”, afirmaram eles em relatório divulgado nesta segunda (Reuters, 2/8/21)

 

 

 

Localização
Av. Ipiranga, nº 7931 – 2º andar, Prédio da AFCEEE (entrada para o estacionamento pela rua lateral) - Porto Alegre / RS
(51) 3012-4169 aeceee@aeceee.org.br